Aristóteles - Livro IV da Metafísica

1 INTRODUÇÃO

Localizar as questões centrais do quarto livro da Metafísica Aristotélica é atividade complexa. No meu ponto de vista Aristóteles apresenta neste livro as definições que irão sustentar toda a sua metafísica. Aqui está a diferenciação entre Substância e Acidente e também os princípios de não contradição, do terceiro excluído, e os argumentos que justificam seu posicionamento e a refutação a outras visões. O movimento aristotélico de ato e potencia também estão citados neste texto.

Aristóteles procura verificar como outros filósofos se colocam frente a questão do ser, e lhes pontua individualmente derrotando cada uma das formulações. Este procedimento ele adota com Heraclito, Parmenides, Demócrito, entre outros.

Agora, pretendo apresentar minha apreciação do que é a questão central do livro IV da Metafísica Aristotélica.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 DELIMITAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DA LINGUAGEM

Aristóteles pretende verificar se há uma ciência única que deve procurar o “ser enquanto ser e seus atributos”. Para chegar a tal resposta, no meu ponto de vista, Aristóteles realiza um movimento no sentido de delimitar a utilização da linguagem. Procura estabelecer regras para a utilização da linguagem. O que pode e o que não pode ser dito em determinado sentido.

Neste livro esta me parece ser a questão central, tudo o mais que ocorre, ocorre em função de tentar justificar a utilização proposta da linguagem.

Reconheço que nos livros anteriores, principalmente no livro I, Aristóteles apresenta a forma que o ser humano tem de conhecer, o aparato cognitivo humano. Me parece que o livro IV, agora, pretende delimitar como este aparato deve ser utilizado. O que serve fortemente para justificar a verdade e o que não serve.

Porto Alegre, 26 de Setembro de 2010