O Ímpio Deus da Dor
Artur Júnior dos Santos Lopes
Ah... A dor! Maldita dor que me enluta!
Bendita luz que me lembra que estou vivo!
Ah... vida! O eterno combate da dor e do sofrimento!
A maldita busca da felicidade!
Que me oprime, que me fere! Que me impulsiona!
A maior dor me mostra a força, oh pujança!
A força de continuar subjugando a dor!
De teimar em insistir a viver!
De desesperadamente buscar a felicidade!
Não fujo da Dor!
Enfrento-a!
Realizo humanamente o que de melhor um humano pode fazer!
Não será isso o que nos diviniza? O que nos torna deuses?
Sim sou o deus, o ímpio deus da dor!
Mas não o nostálgico! Não o niilistico! Não o romantico idealizado!
Sou o ativo, o tratorante, o que tudo movimenta!
Sou o desassossego!
Não há tempo e espaço para a minha dor, e também não o há: para minha força.
Para o meu bem querer te, para o meu amor!
Desassossegado bjo!
Porto Alegre, 30 de Agosto de 2006
Da Musa
Artur Júnior dos Santos Lopes
Não!
Não quero que sejas minha!
Não sou dado a pertença. Não quero ter-te como tenho um carro.
Mas sim. Quero-te. A meu lado. Comigo. Junto a mim.
Também não desejo ser teu.
Como disse: Quero estar ao teu lado. Contigo. Junto a ti.
E mais junto, dentro, sentindo-te com todos os meus sentidos e em todos os teus sentidos.
Não deixo-te ser minha. E não sou teu.
Desejo-te. Não objeto. Não possessivamente.
Desejo-te amorosamente! Intensamente! Individualmente!
Se fosses minha, já não mais serias tu mesma.
E eu: Te quero!
Erótico Bjo!